30 março, 2009

Diferenças sutis

Hoje assisti a um filme chamado “Mais estranho que a ficção” ou algo do gênero. Lembrei que no final do filme, já o tinha assistido, ao menos uma parte, mas nunca do começo.

É um dos filmes que eu compraria o DVD. Basta como comentário, já que eu sequer gosto de comprar DVDs de filmes. Enfim, é a história de uma escritora e de um personagem. Que existem no mundo e ela narra a vida dele, até que eles acabam se encontrando antes da morte eminente do personagem, já que ela (a autora) é uma escritora de tragédias e sempre mata o personagem no final dos seus livros.

Enfim, vale a pena ver o filme. Talvez o livro, se existir, deva ser muito melhor, enfim, sequer me arrisco a pensar em lê-lo pela quantidade de livros que tenho para ler e não ando com vontade.

Mas a mensagem no final do filme me fez pensar nas pequenas e sutis mudanças que ocorrem na nossa vida e que nos fazem querer vivê-la.

Hoje, olhando no espelho enquanto pensava na vida, reparei que depois de muitos anos quando coloquei meu brinco, este ano foi a primeira vez que troquei a jóia, entenda, foram aproximadamente 13 anos com a mesma peça no orelha esquerda.

Fui ver as fotos para conferir, não consegui exatidão na data pois teve uma época antes de furar e colocar o piercing que eu usei uma muito parecida de pressão, até formar uma bola pela quantidade de vezes que eu apertava o dito cujo sem coragem para furar a orelha (bobo, admito), mas real.

Nos últimos meses muita coisa tem mudado nos meus conceitos. Não sei se é a fase dos 30 anos, mas minha visão mudou, minhas vontades. Não, não estou ciente de todos os nuances que permeiam minhas novas decisões de vida, mas já sei dizer muitas coisas que gosto e que quero para o futuro, ou mesmo que não consiga-as, ainda assim tenterai chegar até lá.

Muito disso deve-se também a novas pessoas que entraram na minha vida, mas fazendo uma analise, e nestes últimos dois dias tenho pensando muito nessas coisas, percebi que tenho alguns sonhos enraizados dentro de mim e que eu não havia notado.

Cheguei mesmo a invejar a imagem de coisas que tenho vontade mas não sei administrar e ter, talvez seja por esse motivo que é tão complicado tratar essas novidades.

E mais complicado ainda, é entender os sentimentos que elas despertam em mim.

Este blog, não tem o perfil de receber meus devaneios, mas como faz tanto tempo que não atualizo, resolvi postar aqui mesmo esses pensamentos que em partes, será entendido por poucos.

E em outros aspectos por alguns, que realmente importam na minha vida e que quero que saibam disso.

Nestes últimos 2 anos, muitas pessoas entraram e outras sairam da minha vida. Posso mesmo dizer que a peneirada foi bem grande, embora ainda mantenha todos de alguma forma ligados o vinculo se desfez. Ainda assim quero seguir, esse é o motivo, subir 90 graus a uma velocidade de 9 km por hora ao inves de descer ladeira abaixo sozinho numa bicicleta desgovernada chamada vida.

Não posso dizer quantas pessoas entrarão ainda na minha vida, nem quantas sairão e menos ainda quem permanece nela e tem uma papel importante, não vou a esses pessoas pois nem eu mesmo me toco de como elas são importantes, mas agora eu consigo ver nuances de como elas (vocês) estão presentes.

Chega a ser assustador que até mesmo vinculos da minha infancia e adolescencia tenha ressurgido, criei novamente um vinculo com o interior que eu jamais sonharia em ter novamente depois que saí de lá uma vez.

Engraçado que chegou o momento de procurar a minha vida. Quero sim algumas coisas, ainda me recuso a perder outras por idiotice talvez, mas por mais que digamos que as pessoas não mudam, com certeza mudam. Tudo muda, não é? Seu conhecimento disso acabou de mudar agora e tudo o que você leu muda a sua vida uma enésimo talvez, mas muda.

Não podemos ser “quem sempre formos” por que não tem como. É impossivel, pois até suas células morrem minuto a minuto.

Não tenho medo de morrer, chego a dizer muitas vezes que poderia morrer tranquilamente pois já passei daquilo que planejava e o que vier é lucro. Sim, mas um lucro que agora eu faço questão de ter. Novamente eu sei que posso conseguir outras coisas que não tive e que me fazem ter vontade de continuar enfrentando algumas dificuldades. Muitas colocadas por mim à minha frente, outras por simples disfunções do período que fazem ter que adiar alguns planos.

Sei principalmente que preciso deixar de ser sozinho, de ser internamente só. Isso faz com que eu seja inseguro em tantos aspectos que me assusta quando paro para contar os motivos de muitas de minhas próprias atitudes.

Sequer sei se deveria realmente escrever tudo isso em um blog que tanta gente acessa, mas quero conversar com o meu computador e não quero postar um poema de sentimentos pois é um moento de desabafo e ordem de idéias.

Esse blog, talvez encontre um ou dois posts desse tipo, e garanto que vou colocar outros posts para jogar este para arquivo muito rapidamente.

Mas sei hoje muito bem que tenho vontades de criar coisas, de mudar em mim aspectos que eu já deveria ter mudado. Te excluir inseguranças que já deveriam ter ficado na adolescencia.

Que trocar a jóia do brinco pode ser casual ou marcante por que fez parte de uma história com alguém ou um momento que não tinha nada de especial (perder o brinco não é especial) mas que se torna especial se você perceber que aquela troca, naquele momento marcou a mudança de ideais e de vontades. De necessidades mesmo, de se ter, de se trocar, de mudar e fazer mudanças sutis, mas de longa duração.

Sabe lá Deus, quanto tempo levará para eu trocar a jóia do brinco novamene e como será a troca. Eu talvez nunca a troque, se assim tiver que ser.

Mas sei que hoje, quero que a jóia seja motivo de querer, de seguir, de ter certeza de querer mais e poder mais. E não venha dizer que é um texto de paixonite aguda. Claro que tem influencia, e muita, mas percebo um pouco a luz no final do tunel daquele labirinto que me meti.

Percebi que não quero afundar, que quero subir. Crescer. Seja lá para onde for. Que o fundo do labirinto interno não me serve, e que a tristeza é algo que vem e vai e que sempre será assim, mas que ela pode ser compartilhada.

Percebi hoje, mesmo com o filme, que uma momento pode ser signifcativo para você se tocar de que aquele momento, aquele único momento corriqueiro, é a grande diferenteça entre aceitar morrer (dia a dia) passivamente ou aceitar morrer fazendo alguma diferença.

Sei que fiz a diferença em muita coisa. Muitas vezes fui retribuido ingratamente ao meu ver. Mas não é isso que importa, mas que eu fiz algo que realmente mudou a concepção de ver de alguém sobre alguma coisa.

Fazer essas diferenças sutis, fazem-me querer ter mais. Fazem-me querer construir, erguer pilares que farão mais diferenças ainda que não seja visto como importante. Mas são importantes por que eu quero que assim seja.

Quero que algumas pessoas perdurem na minha vida e façam parte dela enquanto tiverem seu papel, e quero realmente que outras a deixem para outro momento da história, quando chegar a sua vez. Pois é um ciclo atrás do outro. Tudo gira em torno de coisas que no final, voltam de alguma maneira para você rever seus atos, seus fatos, seu tato.

SEi que cometi erros que não cometerei e também sei que aprenderei outras tantas coisas, já não com a facilidade de antes, mas que aprenderei. E gosto de aprender. Gosto de conhecer. Gosto de sorrir. Gosto de me sentir bobo e fazer piadas para ver sorrisos.

Assim como gosto de ser levado a sério quando estou falando sério e que sempre espero que o outro perceba coisas, que para mim são naturais, mas que não serão percebidas. Eu deveria tê-las dito? Talvez sim, talvez não. Mas sei que esperar uma atitude é pedir para se frustar.

Aprecie atitudes, aprenda com aquelas que não lhe agradam, não as mantenha pois não agradam, mas explique seu desagrado ou demonstre. Essa demonstração fará com que aqueles que se importam também aprendam. Assim, você constrói mais um pilar sólido que com certeza não será lembrado, mas foi você quem modificou aquele momento.

Funciona mesmo como ser individual comunitário, quase impossível pelo fato das palavras, mas é assim que tem que funcionar. Você se modifica, eu me modifico, nós modificamos o mundo. Uma versão melhorada de uma mão lava a outra e as duas lavam a bunda.

Mas enfim. Com o filme foi possivel ver que coisas sutis, fazem você se sentir confiante, e outras inseguro. O importante é vocÊ perceber as nuances dessas sutilezas. De tentar entender o motivo do seu mau humor. O motivo nem sempre é fácil e nem sempre existe de uma forma clara, mas ele está lá.

Sei por exemplo, que o motivo de eu fumar praticamente o dobro de uma semana numa noite é um que me entristece e que não me cabe, mas a decisão de fumar é minha. Por isso não fiz, embora tenha colocado esse cigarro na boca a noite toda e ele esteja todo bababo, e o acendo agora.

Eu queria ser capaz de fazer as coisas por mim, mas eu quero fazer a mudança no mundo e nos outros, então é muito mais dificil olhar internamente e fazer as mudanças necessárias para isso. Ah! como é dificil mudar algo em você mesmo. Olhar no espelho e entender que você exagera.

FAzer perguntas do que se quer é uma coisa dificil, quando foge das mãos de fazer sozinho. Ser uma ilha não é fácil, mas é mais fácil do que ser uma ilha com um ponte ligada a outra ilha e a outra, e unir todas para formar um pais e um mundo seu.

Ele não será do jeito que você quer, pois são vários aspectos, mas você se aproximará daquilo que busca e você passa a buscar outras coisas a cada instante.

O que é certo ou errado? Nâo existe. O que quero agora, neste exato instante eu sei, queria só um: GAAAAAAAAAAA… mas queria mais coisas que antes de trocar a jóia não queria. Assim como aquilo que deixou de pertecer à minha vida não faz mais sentido e por isso as coisas passa a ter outros sabores.

O quem vem pela frente? Nem Deus é que sabe, pois depende das minhas escolhas e das minhas atitudes e nem delas eu sou senhor, pois no caminhar das coisas, você faz coisas que não queria e que se tornam marcos (como perder a jóia) mas que aconteceram de uma forma inesperada.

O futuro escrevemos de acordo com as palavras que vão sendo dadas, e aprendemos uma a cada dia e se não aprender-mos, criamo-las. Mas que sempre serão parte da mudança de perspectiva e de vontades, serão.

Quero muita coisa hoje. Depois que dormir, talvez não as queira ou tenha preguiça de ir buscá-las, mas meus objetivos já mudaram e mudarão sempre. Não por que eu sou voluvel, mas por que tÊm que ser assim, pois é assim que se constroi tudo. Se cresce. Se modifica. Nâo, não aceito mais morrer passivamente, quero saborear um cokie (como no filme) uma uma carne moída que sempre como, com um tempero totalmente diferente e que me faz perceber que é possível que aquilo que se tem pode ser muito melhor de outra forma.

Por isso voltamos a alguns pontos muito parecidos, mas que são diferentes, para você ver, e alterar e SE alterar. Quero mudar muita coisa em mim. Como farei.

Não sei. Sei que cansei de escrever. Boa noite, ou dia, pois ó eu aqui escrevendo as 6 da manhã novamente. :P

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