08 fevereiro, 2016

Samba sem música
por DEUS_NOiTE - 11/06/04

Ouça! É o compasso...
não, são as batidas...
Veja...
Não, espera você esta muito impetuosa,
afobada, toque com as mãos esse pandeiro,
use os pés para dançar...
ouça mais, presta atenção
é bem mais que isso.
Não use os olhos...
mas se usar lê as entrelinhas...
Sinta com a audição.

Não, não fala... vais perder o ritmo...
Já o perdeu... Não, você o pega de novo,
tenta, acompanha, ouve... segue o ritmo
deixa rolar... assim... com e sem medo,
alegria, emoção.
Agora.. vê a vida, olha a lágrima.
- tá tão ruim assim?
Não, é emoção.
Mas deixa... continua... apenas segue...
Olha o breque!
- Mas virou samba? Sempre foi!
Não, não, fala... não pensa... deixa...
Pára, pára...
Que foi?
Perdi o ritmo...
Então começa de novo...
Não, não quero assim...
vamo pra quadra?
Mas tem que esperar o onibus passar...
Pô! Mas tudo tem seu tempo...
Quer saber?
O que?
Não gosto de samba...
Tá então, acabou.
Tá... falou...



Tá.. escrevo muito, mas recomendo a leitura....
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Às vezes o melhor caminho está a nossa frente.

Por descuido ou um olhar errôneo não nos atentamos que é aquele caminho que devemos trilhar, as lágrimas e a raiva nos cegam, e é nessas horas que respiramos fundo e olhamos adiante decididos e impulsionados, pois, o vento refrescará o ardor dos nossos olhos e encherá nossos pulmões com o ar necessário para transcendermos nossos limites e, tropeçar no caminho que não vimos, por estar sob nossos pés.

As barreiras à frente dificultarão nossa escala, mas essa escalada se chama vida e, devemos agradecer ao vento que arrancou o cisco que turvava a visão, mas também ao cisco que nos fez parar por alguns instantes para mudarmos nosso ponto de vista por alguns minutos.

Esse conjunto, dependendo do ponto de vista, nos impulsionará a construir outros degraus, esses, que ano a ano construímos e que nos auxiliarão para alcançar o impossível.

Para tantos outros, serão empecilhos, não mais que isso, mas não é dessa forma que deverão ser encarados.

“Nos anos 30, uma revista científica elegeu como maior invenção do século aquele grampo colocado nas latas de cera de engraxar sapatos. Antes do grampo, abrir uma daquelas latas era tarefa complicada, aliás, complicadíssima. Um gênio descobriu que um pequeno grampo colocado na tampa fazia o papel de alavanca - e desde Arquimedes que se pode levantar o mundo com uma alavanca” - http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/cony_20010123.htm

Essas alavancas nos dão o apoio necessário para construirmos nossos degraus, e servem como alavancas e não de sustentação para àqueles que as querem usá-las como muletas.
Mesmo assim, o servem por um tempo, pois tentarão e a conclusão será a mesma que a de Arquimedes, e seguirão com seus tropeços a um preço não menos caro do que os nossos, pois o desafio de cada um é único como aquele que é o nosso, e cada queda pessoal é única.

Não, não devemos olhar para o outro, mas sim pelo outro, sendo oras mestres ora aprendizes, pois assim é a vida, com barreiras, tropeços, dores que nos parecem perpétuas, mas que apenas sedimentam o apoio que nos dará ínfimos, mas eternos momentos de alegria e vontade de crescer cada vez mais, andando sozinhos, porém acompanhados por aqueles que parecem nos atrapalhar (dependendo do ponto de vista), mas, que nos ajudarão (será?) quando precisarmos, pois eles também andam sozinhos e olham primeiro para si, mas também olham para aqueles que lhe são queridos.

Assim é a vida. Usamos usados, entendemos complicando, sabemos desconhecendo, lutamos por tudo que nos é caro; e muitas, muitas vezes julgamos o livro pela capa.

DEUS_NOiTE (Raul)
Pensamentos Noturnos – 09/06/2004 – 1h45min

ligado 09 junho 2004








ligado 11 junho 2004

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